Orangerie escribió:
Vandal escribió:
Yo, francamente, no tengo ni la más remota idea, pero podría ser interesante crear un tema para la nobleza portuguesa, creo que no tiene ninguno específico. Si queréis lo podemos inaugurar con esta cuestión.
Tenemos un forero portugués bastante bien informado, por lo que deduzco de sus participaciones. Seguro le hace ilusión un tema patrio y puede aportar datos interesantes.
Obrigado pelo voto de confiança
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O título de visconde surgiu em Portugal com duas vertentes:
Era dado ao representante do conde no governo do condado - visconde --> vice-conde - ou ao seu filho e herdeiro em vida do pai-titular.
Era um título pouco frequente, e, na hierarquia nobiliárquica, inseria-se entre o Conde e o Barão, e abaixo de Duque e Marquês.
O primeiro visconde autónomo, não um vice-conde, foi o visconde de Vila Nova de Cerveira, título criado em 1476 pelo rei D.Afonso V, a favor de D.Leonel de Lima, senhor da terra de Cerveira.
O título não teve grande representatividade até ao advento do Liberalismo na segunda metade do século XVIII, quando se deu uma enorme concessão deste título a burgueses com aspiração a ascensão social, sendo então concedido com alguma liberalidade, daí que Orangerie ache estranho tão elevado número.
Era tal a dimensão/inflação da concessão deste título que logo surgiu uma anedocta:
"Foge cão, que te fazem barão .
Fugir para onde ? Se me fazem visconde !"
Ao contrário dos demais títulos - Duques, Marqueses ou Condes - os títulos de Viscondes não gozavam de Grandeza, a não ser que a carta de outorga especificamente o determinasse, caso em que gozavam do estatuto de Grande do Reino (à semelhança de Espanha) e podiam usar uma coroa idêntica às dos condes e usar aquele brasão de armas.
Igualmente, ao contrário dos demais títulos, os de Visconde, maioritariamente, não eram atribuídas hereditariamente ou de juro e herdade, mas vitaliciamente ou em 2 ou 3 vidas.
Devido à profusão de títulos de Visconde, ao contrário dos demais títulos, por vezes os títulos de viscondes não estavam associados a uma localidade, mas ao apelido do titular - por ex. visconde de Almeida Araújo, visconde de Leite Perry, etc., para evitar atropelos ou repetições.
Não era raro que os Viscondes sofressem um upgrade para Condes com tudo o que isso implicava, designadamente em caso de sucessão.
Veja-se o caso do Visconde do Paço do Lumiar (aparentado com a minha família).
O Rei D.Luis começou por o elevar de simples Visconde a Visconde com Grandeza e Par do Reino e, posteriormente, a Conde do Paço do Lumiar.
Espero ter esclarecido o Mistério dos Infinitos Viscondes