deste escribió:
Muchas gracias por la información sobre las propiedades. Me quedan algunas dudas que no me ha quedado claro,
¿La familia real de Portugal mantiene alguna relación actualmente con la fundación Casa de Braganza? ¿Y que uso tienen las propiedades con las que se quedó la fundación?
¿La fundación Manuel II es entonces la fundación de la familia real? ¿Las joyas de la casa real pertenecen a esta fundación?
Y ya para terminar, las propiedades de las que habláis que son del duque de Braganza, ¿Son suyas a título privado o a de la fundación Manuel II? ¿tienen vinculación históricas estás propiedades con la corona portuguesa?
¡Gracias!
Sólo añadir que la familia real de Portugal me cae especialmente bien. No sé si por la cercanía que hay con Portugal o por ellos mismos o quizás ambas pero ojalá pudiese verles en un futuro no muy lejano reinando.
Como disse no post anterior, a Família Real não tem qualquer relação com a Fundação da Casa de Bragança desde que D.Duarte Nuno foi "convidado" a abandonar o Palácio de São Marcos em Coimbra em 1975 *
O Duque D.Duarte Nuno reivindicou a sucessão à herança real, mas foi uma verdadeira batalha impossível de vencer e Salazar blindou os estatutos da Fundação de
modo a que a Família Real não tivesse acesso aos bens do ramo Bragança-Saxe-Coburgo-Gotha, designadamente as extensas propriedades urbanas e rurais.
Curiosamente, um dos últimos administradores da Fundação da Casa de Bragança foi nem mais nem menos que o actual Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa
As rendas das propriedades da FCB destinam-se a financiar os objectivos da fundação - vide artigo sobre esses objectivos.
A Fundação D.Manuel II tem objectivos essencialmente de solidariedade e culturais.
http://www.casarealportuguesa.org/dynamicdata/funda.aspAs joías da Coroa Portuguesa constituem um dos segredos mais misteriosos e bem guardados.
Com a implantação da república, sabe-se que as Rainhas D.Amélia e D.Maria Pia e o próprio D.Manuel II levaram consigo algumas da jóias, nomeadamente as que se consideravam ser pessoais.
Umas foram deixadas em testamento a parentes, nomeadamente aos Orleães, outras vendidas para sustento da FR no exílio, algumas foram recompradas pelo Estado.
As jóias da Coroa, e sobretudo as Coroas, há muitas décadas que ninguém as vê.
Oficialmente estão encerradas nos cofres do Banco de Portugal e só esporadicamente podem ser vistas em exposições ou ocasiões especiais.
Diz-se que serão expostas ao público quando ficar concluída a horrorosa obra de conclusão do Palácio da Ajuda
https://www.youtube.com/watch?v=NWiD44scQc8Não passo lá há muito tempo, pelo que não sei em que pé estão os trabalhos...
Como sabeis, os Reis de Portugal não são coroados desde o século XVII quando D.João IV consagrou Portugal a Nossa Senhora da Conceição, e, desde então, nenhum Rei voltou a usar Coroa, sendo sempre pintados com a coroa ao lado.
D. José I
D.Miguel
D.Carlos
Uma história pitoresca que entra no reino da lenda:
Diz-se que o Rei D.Fernando II terá guardado numa câmara secreta do Palácio da Pena um tesouro em que se incluiam várias jóias da FR, tendo confiado a um camareiro da sua confiança a sua localização.
Esse camareiro terá transmitido essa localização aos seus descendentes e, nos anos 80 do século passado, um seu descendente contactou o Governo da época, dizendo que tinha identificado o local pelos elementos que o antepassado deixara e garantindo a existência da câmara do tesouro
.
Mas, como "descobridor" do tesouro
, queria uma recompensa proporcional ao valor do que fosse encontrado
.
O Ministro da Cultura da época mandou-o embora sem cerimónias
e o tesouro continua escondido no Palácio. Continuará ?
As casas de Sintra, Santar, Algarve e Lisboa pertencem efectivamente ao Duque de Bragança a título pessoal.
Nenhuma tem qualquer vínculo com a coroa, à excepção dos prédios em Lisboa que pertenceram, a título particular, à Rainha D.Amélia.
A Quinta de Sintra pertencia a um monárquico que, após a revolução de 1974, pretendeu refugiar-se no Brasil. Temendo que a casa fosse ocupada pelos revolucionários (facto muito comum na época) e sabendo que D.Duarte Pio procurava um casa perto de Lisboa, propôs-lhe o negócio por um preço irrisório.
A Quinta de Santar foi deixada em testamento a D.Duarte Pio por um amigo sem descendentes e a casa do Algarve também lhe foi deixada pela tio a Infanta D.Filipa de Bragança, que nunca casou.
* Rectificação - D.Duarte Nuno não morreu em 1975, como disse, mas em 1976.
Depois de ter que deixar o Palácio da Fundação da Casa de Bragança, foi viver com a irmã, a Infanta D.Filipa, na casa que aquela possuía no Algarve, e que hoje pertence ao Duque de Bragança.